Ozonioterapia é Confirmada por Ensaios Clínicos

Ozonioterapia é Confirmada por Ensaios Clínicos

 

 Tudo Estraga: A Lei da Entropia como Tendência a Desordem no Cosmos, Planeta Terra, Descendências dos Fósseis e  Envelhecimento  de Animais, Homens e Plantas

 

Sodré GB Neto¹; Sandra Moreira Dutra² Fábio Henrique Amaral de Almeida³

Agosto,  2020

DOI:10.13140/RG.2.2.32379.34087

 


Resumo: O prefeito de Itajaí- SC, Brasil,  Dr. Volnei Morastoni, tem recomendado  a aplicação retal de ozônio  para pacientes que apresentem sintomas do novo coronavírus (Covid-19).  Alguns ensaios clínicos tem sido publicados confirmando a eficiência desta técnica centenária para Covid-19. A técnica  já conta  mais de 3500 artigos no Pubmed e mais de 8000 artigos no Science Direct e desde a patente de Tesla em 1896 que se sabe dos múltiplos benefícios da ozonioterapia   atuando  no combate a 264 doenças incluindo  efeitos antivirais, oxigenação, aspectos anti inflamatórios e anti diabéticos, o que coloca a técnica como conversora de inúmeros benefícios conjuntos aos pacientes de risco.   Selecionamos aqui algumas  publicações científicas que explicam a atuação deste procedimento, e os  resultados animadores de alguns ensaios clínicos específicos contra Covid-19 e propomos ao final uma discussão do porquê que ainda esta técnica não esteja sendo largamente utilizada .

 

Introdução

A primeira "trial clinical" recomendando a ozonioterapia contra Covid-19 assim expressa:

"Dos 18 pacientes com idade média da coorte foi de 68 anos e 72% (n = 13) eram do sexo masculino. Nove pacientes (50%) receberam auto-hemoterapia ozonizada a partir do dia da admissão. Em comparações não ajustadas, a auto-hemoterapia ozonizada foi associada a um tempo significativamente menor de melhora clínica (mediana [IQR]), 7 dias [6-10] vs 28 dias [8-31], p = 0,04) e proporção significativamente maior de pacientes que atingiram 14 dias de melhora clínica (88,8% vs 33,3%, p = 0,01). Nas análises ajustadas ao risco, a auto-hemoterapia ozonizada foi associada a um menor tempo médio para melhora clínica (-11,3 dias, p = 0,04, IC 95% -22,25 a -0,42). Conclusões e relevância: a auto-hemoterapia ozonizada foi associada a um tempo significativamente menor de melhora clínica neste estudo de coorte prospectivo. Dado o pequeno tamanho da amostra e o desenho do estudo de centro único"[1]

Neste outro ensaio clínico (trial clinical) tratando estado grave já com pneumonia foi constatado que "nenhum dos 26 pacientes com pneumonia gerado por covid-19, que foram tratados com ozonioterapia SC + O3 SS morreram"[2].

Ensaios clínicos são muito caros, custam centenas de milhões de dólares,  e em geral só ocorrem para confirmar produtos exclusivos e patenteáveis  da industria farmacêutica, que é quase única detentora de tal capacidade de investimento necessário; Quando temos ensaios clínicos de produtos baratos sem patente como ozonioterapia e/ou fitoterapia, podemos ter a absoluta certeza que tal trabalho representa o esforço solidário de grupos de cientistas e médicos que pensam mais na população que em seus bolsos. Os ensaios clínicos sem conflito de interesses ou feitos por desinteressada solidariedade em geral agregam poucos pacientes , pois o coordenador de ensaio clinico terá que bancar todos os exames, consultas, internações, seguro de vida e uma infinidade de exigências para o números de pacientes envolvidos e se não tiver em mãos algum produto exclusivo patenteado ele não recebe nenhuma ajuda de investidores.

Este outro estudo[3] apresenta uma revisão de 74 outros estudos e conclui em favor da atividade citoprotetora potencial da ozonioterapia em SARS-CoV-2 / COVID-19. Os estudos[4] [5][6][7][8]não param de aparecer tentando mostrar um caminho de escape a humanidade aterrorizada pelo SARS-CoV-2.

"Muitos trabalhos pré-clínicos confirmaram esses resultados, mas também existem estudos clínicos que confirmaram esses fatos:

- Hernandez-Rosales e cols. em 2005 relataram a melhora de pacientes com asma em ambos, testes analíticos e função respiratória após tratamento sistêmico com ozônio e também compararam o efeito de diferentes doses de ozônio.

- Borrelli e Bocci em 2014 confirmaram esses resultados em outro grupo de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

- Vinnik e cols. comprovaram em 2015 a diminuição da IL6 e de outros citoquinas pró-inflamatórios em pacientes com diabetes mellitus tratados com ozônio sistêmico"[14]

Com benefícios amplos, integrados e já reconhecidos por grande parte da comunidade médica mundial, a ozonioterapia também passou a ser utilizada como uma poderosa aliada no combate do COVID-19.

"  O papel da terapia com ozônio no COVID-19.

Bocci e cols. testou os efeitos in vivo do ozônio em pacientes com diferentes infecções e descobriu os seguintes fatos:

1- O ozônio melhora a oxigenação dos pulmões e tecidos periféricos e a troca de gases devido à dilatação dos vasos periféricos mediada por nitrosotióis e à glicólise aprimorada nos eritrócitos que produzem mais ATP e níveis secundários mais altos de 2,3-DPG (efeito Bohr) e mais elasticidade porque um funcionamento ideal da bomba de membrana Na / K +.

2- O ozônio modula o NRF2 e isso produz dois efeitos. Primeiro, normalize o equilíbrio redox através do aumento de antioxidantes no citoplasma, mitocôndrias e, finalmente, plasma, principalmente glutationa peroxidase, mas também glutatione redutase, NADPH e SOD. Segundo, induz a produção de HO-1, uma enzima protetora, juntamente com proteínas de choque térmico como HSP60, HSP70 e HSP90. Terceiro, ativa o NFKbeta que modula a produção de interleucinas pró-inflamatórias nos tecidos inflamados. Todos os três efeitos contribuem para restaurar o funcionamento normal dos tecidos inflamados e diminuir a quantidade de interleucinas plasmáticas".[15]

Entre as inúmeras propriedades medicinais do ozônio, está a sua capacidade de combater diferentes tipos de invasores que comprometem a saúde do organismo – inclusive os vírus.

"O estresse oxidativo e a inflamação desempenham papéis-chave na patogênese daesclerose múltipla(EM). Diferentes medicamentos têm sido utilizados na prática clínica, no entanto, não existe um tratamento completamente eficaz. Devido à sua potencial ação terapêutica, o ozônio medicinal representa uma abordagem promissora para distúrbios neurodegenerativos. O objetivo do presente estudo foi abordar o papel da terapia com ozônio no estado redox celular em pacientes com EM. O ozônio (20  μg / ml) foi administrado três vezes por semana durante um mês por insuflação retal. O efeito da terapia de ozônio nos biomarcadores de estresse oxidativo e inflamação foi abordado por ensaios espectrofotométricos e imunoenzimáticos. Além disso, investigamos a ação do ozônio na expressão de CK2 e Nrf2fosforilação por análise de Western blotting. O ozônio medicinal melhorou significativamente (P <0,05) a atividade das enzimas antioxidantes e aumentou os níveis deglutationacelularreduzida. Em concordância, foi observada uma redução significativa (P <0,05) do dano oxidativo em lipídios e proteínas em pacientes tratados com ozônio. Além disso, os níveis de citocinas pró-inflamatórias TNFα e IL-1β foram menores após o tratamento com ozônio. A ozonioterapia aumentou a expressão de CK2 juntamente com a fosforilação de Nrf2 em células mononucleares de pacientes com EM. Esses achados sugerem que os efeitos antioxidantes eanti-inflamatórios doozôniopode estar parcialmente associado a uma indução da fosforilação e ativação do Nrf2. Esses resultados fornecem novas idéias sobre os eventos moleculares modulados pelo ozônio e apontam a terapia com ozônio como uma alternativa terapêutica potencial para pacientes com EM".[16]

A ozonioterapia   atua para minimizar a atividade viral enquanto desencadeia uma série de efeitos capazes de fortalecer o corpo contra as suas consequências mais graves.

O primeiro ponto é que o gás é um poderoso analgésico. Ou seja, logo no início do tratamento é possível diminuir significativamente o desconforto e o mal estar gerado pela doença, garantindo o vigor necessário para a recuperação dos pacientes.

Por ser anti-inflamatório e contar com efeito cicatrizante, o ozônio também evita que os quadros de inflamação gerados pelo coronavírus danifiquem rins, cérebro, intestino, entre outros órgãos.

O gás ainda estimula a vascularização, melhorando toda a oxigenação do corpo, bem como a sua atividade imune, que são imprescindíveis para que o organismo atue na eliminação do vírus. Na revista brasileira de fisiologia do exercício o pesquisador Jorge Bomfim Fróes De Farias  e co-autores assim resumem aquilo que tem importância vital também em diversas outras doenças como diabetes, câncer, hipertensão:

"A ozonioterapia é uma técnica que utiliza uma mistura gasosa oxigênio--ozônio para fins medicinais. Esta técnica parte do princípio de que o Ose dis- socia rapidamente e libera uma forma reativa de oxigênio que pode oxidar as cé- lulas, aumentando a disponibilidade de oxigênio e ATP para a atividade celular [11]. O ozônio aumenta a taxa de glicólise dos glóbulos vermelhos, estimulando o 2,3-difosfoglicerato, promovendo um aumento na quantidade de oxigênio liberado para os tecidos. Além disso, ativa o ciclo de Krebs, aprimorando a carboxilação oxidativa do piruvato, estimulando a produção de ATP. Também causa uma redução significativa do NADH e ajuda a oxidar o citocromo C. A produção de prostaciclina, um potente vasodilatador, também é induzida por O[10,12]. O ozônio pode ser considerado um pró-medicamento, uma vez que induz a ativação de uma cascata bioquímica com múltiplas ações antioxidantes"[18]

Por fim, a ozonioterapia ainda regenera tecidos, benefício que é utilizado especialmente em prol dos pulmões, que são significativamente afetados pelo COVID-19.

Reconhecendo as possibilidades e evidências que posicionam o ozônio como um dos mais promissores aliados no combate do COVID-19, o Projeto de Lei 1383/20 da deputada Paula Belmonte[20] passou a autorizar a ozonioterapia como tratamento médico complementar em todo o Brasil.

Quando é constatada a infecção por coronavírus, o ozônio pode ser ministrado a partir de indicação médica e deve ser prescrito na modalidade de tratamento complementar.

Porém diante da repercussão da atividade do prefeito Dr Volvei Morastoni o MP, por meio do promotor Maury Roberto Viviani [21] se manifestou alegando não haver ensaios clínicos ainda :

MP recomenda que prefeito de Itajaí não use ozônio para tratar ...

O equipamento para a produção de ozônio deve ser devidamente certificado pela ANVISA e, mesmo que a técnica seja praticamente livre de efeitos adversos, o paciente ou seus familiares devem ser informados de seus eventuais riscos.

A PL representa uma importante vitória, não só para os indivíduos afetados pela doença, mas para toda a comunidade médica, que agora pode contar com um recurso capaz de otimizar os tratamentos considerados tradicionais, tornando-os mais céleres, eficientes e menos danosos aos pacientes!

Muito provavelmente desde Tesla que temos bilhões de testemunhos em favor da ozonioterapia, e devido a onda de questionamentos desta técnica aqui no Brasil, vemos pessoas   manifestarem descrédito a ciência e estudos teóricos que muitas vezes não transmitem a verdade dos fatos, que a experiência destas pessoas relata como um cometário que acabamos de receber:

"Eu e a Rita estamos usando ozonioterapia e estamos nos sentindo muito bem com o tratamento, não precisamos de estudos teóricos, pois somos provas vivas da prática.A melhor prova disso é a melhora da minha perna e da minha coluna, claro sabemos que existe muitas controversas sobre esse tratamento mas o que tem ser levado em conta é o resultado bem satisfatório que estamos vendo com nós mesmos. É um tratamento totalmente natural então não acho que precise de tanto tempo pra pesquisar, mas claro que por trás de tudo isso existe as grandes empresas farmacêuticas que com certeza vão dar o parecer contrário pra continuar a vender os remédios dela, mas nós não estamos preocupados com isso, só queremos que Deus continue te abençoando sempre pra possamos continuar com o nosso tratamento com você!  Um final de tarde pra você, Deus te abençoe, amanhã cedinho estaremos a caminho do sul pra conhecer o nosso netinho, só vamos eu e a Rita o meu filho só vai daqui uns 15 dias".


Conclusão

Esta técnica citada em mais de 3500 artigos no Pubmed e mais de 8000 artigos no Science Direct não está sendo bem vista pela medicina e academia  devido ao eixo formado pela indústria, ensaios clínicos caros e lobbys farmacêuticos atuando no domínio das agencias reguladoras como ANVISA onde temos presidentes tão capachos da indústria que podemos flagrar confissões altamente criminosas como:

"Se aprovássemos automaticamente as drogas porque foram registradas nos Estados Unidos, teríamos uma enxurrada de produtos americanos e liquidaríamos a indústria nacional.” Jarbas Barbosa - Ex-presidente da ANVISA[19]

Aqui nesta área se movimenta trilhões de dólares , com o direito de vender até piores drogas que  traficantes que movimentam "apenas"bilhões. Pois quem movimenta trilhões pode manipular as leis para que operem a seu favor.

Esta técnica centenária foi desenvolvida por diversos cientistas e patenteada por Tesla (1896)  a mais de 100 anos , é usada em todo mundo, e defendida aqui no Brasil por inúmeros médicos como o ex professor de medicina em Harvard, o cientista e médico Dr.  Lar Ribeiro, o qual tem oferecido gratuitamente aulas de medicina a população brasileira onde temos universidades chegando a cobrar 25 mil reais a mensalidade , e onde temos mais de  40 mil brasileiros fazendo medicina em países vizinhos, onde seguem o mesmo programa curricular das universidades brasileiras,  pagando em média de 700 reais a mensalidade, para tentar cobrir a gigantesca falha  brasileira de ter um dos piores índices de médicos para cada 1000 pessoas do mundo.

Transcrevemos aqui uma espetacular carta que recebi da fisioterapeuta Sandra Dutra que resume toda situação:

"Uma insuflação retal de ozônio medicinal incomoda muita gente

Ontem, 4 de agosto de 2020, século XX, no mesmo dia em que a explosão de uma verdadeira "bomba atômica" destruiu parte do porto de Beirute, capital do Libano, no Brasil o assunto que viralizou foi a chacota sobre a insuflação retal, uma das técnicas sistêmicas de Ozonioterapia.

Para quem desconhece a importância da mucosa intestinal, além da óbvia capacidade de absorção de nutrientes, vale esclarecer que o intestino é o "segundo cérebro", fonte de neurotransmissores, hormônios, síntese de vitaminas essenciais e também de regulação do sistema imunológico - 60% dos linfócitos (células produtoras de anticorpos) de todo o organismo estão localizados na submucosa intestinal, determinantes da tolerância imunológica e em última análise, da vida saudável.

A Ozonioterapia por via retal foi desenvolvida por um médico proctologista alemão na década de 1980, Hans Knoch, que demonstrou, com biópsias da mucosa intestinal, que apenas 12 "simples e inocentes" insuflações retais da mistura gasosa oxigênio-ozônio (ozônio medicinal) eram capazes de REVERTER a grave inflamação de pacientes com retocolite ulcerativa. Isso mesmo, 12 sessões de insuflação retal (3 vezes na semana, em dias alternados, por 4 semanas apenas) reverteram retocolite ulcerativa. Que tal?...

Falar na área genital, anal ou arredores causa uma verdadeira comoção no Brasil e países latinos. Aproveitando-se dessa, digamos, "fragilidade ideológica", os ignorantes de plantão (inclusive médicos) aproveitam para fazer gracinhas e tentar depreciar uma via de administração de medicamentos extremamente segura, simples, econômica e eficaz. Por que será?...👁👁

O próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) é prontamente utilizado como "fonte confiável" de informações sobre o "absurdo" da técnica. Afinal, a Ozonioterapia é um "procedimento experimental" APENAS para os médicos brasileiros. Todas as outras autarquias federais já regulamentaram a Ozonioterapia para seus profissionais. TODAS, exceto a Medicina e a Veterinária. São elas: ODONTOLOGIA, ENFERMAGEM, FARMÁCIA, FISIOTERAPIA E BIOMEDICINA. Alguma ideia sobre as causas deste fato interessante?...A base científica disponível é a mesma para todos. Mais de 3500 artigos no Pubmed e mais de 8000 artigos no Science Direct.

Então, caros amigos, o buraco é literalmente mais embaixo. Informem-se antes de reproduzir informações com conteúdo inverídico (e raso) e bancarem o bobo, sendo facilmente manipulado por criaturas desqualificadas sem qualquer compromisso com a verdade e com a saúde e integridade da nossa população. Até quando esta farsa existirá? Nao sabemos, mas estaremos por aqui para desmascarar os farsantes.

Saudações".

 

Referências 

  1. Hernandez, Alberto; Vinals, Montserrat; Pablos, Asuncion; Vilas, Francisco; Papadakos, Peter J.; Wijeysundera, Duminda N.; Vives, Marc (12 de junho de 2020). «Ozone therapy for patients with SARS-COV-2 pneumonia: a single-center prospective cohort study». medRxiv (em inglês): 2020.06.03.20117994. doi:10.1101/2020.06.03.20117994 

  2. Schwartz, Adriana; Martínez-Sánchez, Gregorio; Lucía, Alejandra Menassa de; Viana, Sergio Mejía; Mita, Constanta Alina (12 de julho de 2020). «Complementary Application of the Ozonized Saline Solution in Mild and Severe Patients with Pneumonia Covid-19: A Non-randomized Pilot Study» (em inglês) 

  3. Martínez-Sánchez, Gregorio; Schwartz, Adriana; Di Donna, Vincenzo (2020). «Potential Cytoprotective Activity of Ozone Therapy in SARS-CoV-2/COVID-19». Antioxidants (em inglês). 9 (5). 389 páginas. doi:10.3390/antiox9050389 

  4. Zheng, Zhishui; Dong, Minglin; Hu, Ke. «A preliminary evaluation on the efficacy of ozone therapy in the treatment of COVID-19». Journal of Medical Virology (em inglês). n/a (n/a). ISSN 1096-9071. PMC 7280732Acessível livremente. PMID 32437014. doi:10.1002/jmv.26040 

  5. Hernández, A.; Papadakos, P. J.; Torres, A.; González, D. A.; Vives, M.; Ferrando, C.; Baeza, J. (1 de maio de 2020). «Two known therapies could be useful as adjuvant therapy in critical patients infected by COVID-19». Revista Española de Anestesiología y Reanimación (English Edition) (em inglês). 67 (5): 245–252. ISSN 2341-1929. doi:10.1016/j.redare.2020.05.002 

  6. «Rationale for ozone-therapy as an adjuvant therapy in COVID-19: a narrative review» (em inglês). 0 de janeiro de 2001  Verifique data em: |data= (ajuda)

  7. Ranaldi Tommaso, Giovanni (2001). «Rationale for ozone-therapy as an adjuvant therapy in COVID-19: a narrative review» (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2020 

  8. Fernández-Cuadros, Marcos Edgar; Albaladejo-Florín, María Jesús; Peña-Lora, Daiana; Álava-Rabasa, Sandra; Pérez-Moro, Olga Susana (7 de julho de 2020). «Ozone (O3) and SARS-CoV-2: Physiological Bases and Their Therapeutic Possibilities According to COVID-19 Evolutionary Stage». SN Comprehensive Clinical Medicine (em inglês). ISSN2523-8973. PMC7340747Acessível livremente. doi:10.1007/s42399-020-00328-7

  9. https://pagepressjournals.org/index.php/ozone/article/download/9014/8692 

  10. https://www.orbisphera.org/backoffice/Multimedia/Content/European%20Review%20Medical%20and%20Pharmacological%20Sciences.pdf
  11. https://globalent.co.za/wp-content/uploads/2020/03/Corona-Published-1.pdf
  12. http://www.xn--revistaespaoladeozonoterapia-7xc.es/index.php/reo/article/view/198
  13. BORRELLI & BOCCI V (2014). Oxygen Ozone Therapy in the treatment of chronic obstrutive pulmonary disease: an Integrative Approach. In: American Journal of Clinical and Experimental Medicine.DOI:10.11648
  14. Emil, Vancea. «COVID19 and ozone therapy – protocol – Societatea Stiintifica Romana de Oxigen – Ozono – Terapie ( S.S.R.O.O.T.)» (em inglês). Consultado em 7 de agosto de 2020 
  15. Idem
  16. Delgado-Roche, Livan; Riera-Romo, Mario; Mesta, Fernando; Hernández-Matos, Yanet; Barrios, Juan M.; Martínez-Sánchez, Gregorio; Al-Dalaien, Said M. (15 de setembro de 2017). «Medical ozone promotes Nrf2 phosphorylation reducing oxidative stress and pro-inflammatory cytokines in multiple sclerosis patients»European Journal of Pharmacology (em inglês). 811: 148–154. ISSN 0014-2999doi:10.1016/j.ejphar.2017.06.017
  17. https://ozonioesaude.com.br/historia-da-ozonoterapia-holandes-van-mar/
  18. Farias, Jorge Bomfim Fróes De; Farias, Antonio Pedro Fróes De; Souza, Anelize Gimenez De (10 de maio de 2020). «Ozone as a complement therapy in the treatment of COVID-19»Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício (em inglês). 19 (2): 5–8. doi:10.33233/rbfe.v19i2.4116
  19. Oncoguia, Instituto. «Pacientes com câncer conseguem de graça remédios que não existem no país»Instituto Oncoguia. Consultado em 7 de agosto de 2020
  20. Belmonte, Paula. «PL 1383/2020»Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 7 de agosto de 2020
  21. Página 3, Jornal (4 de agosto de 2020). «Ministério Público intima Volnei a não aplicar ozônio nos itajaienses»Jornal Página 3 - Notícias de Balneário Camboriú. Consultado em 7 de agosto de 2020
  22. MAIS DE 1000 PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS comprovando eficácia

    https://scholar.google.com.br/scholar?start=10&q=OZONIOTHERAPY+COVID-19&hl=pt-BR&as_sdt=0,5

 

 




Ozônio como terapia complementar no tratamento de COVID-19

Jorge Bomfim Fróes De Farias, Antonio Pedro Fróes De Farias, Anelize Gimenez De Souza

Publicado: 10 de maio de 2020
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício , Volume 19, pp 5-8; doi: 10.33233 /rbfe.v19i2.4116

 

O surgimento da síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2) denominado de “coronavírus 2019” (COVID-19), se tornou uma ameaça para a população em geral e para os profissionais da saúde em todo o mundo [1]. O quadro clínico da COVID-19 é semelhante ao de outras viro- ses respiratórias, e incluem: febre, tosse geralmente seca, cansaço e, em casos mais graves, dispneia, sangramento pulmonar, linfopenia grave e insuficiên- cia renal [2].

Para o diagnóstico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a coleta de amostras do trato respiratório superior ou inferior. No labora- tório, a amplificação do material genético extraído da amostra de saliva ou muco, é realizada por meio de uma transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR), que envolve a síntese de uma molécula de DNA fita dupla a partir de um molde de RNA, na busca por partes conservadas do código genético do coronavírus. Em pacientes com diagnóstico confirma- do, o teste laboratorial deve ser repetido para avaliar a liberação de partículas virais, antes do mesmo sair do isolamento [3].

A manifestação clínica e gravidade da doença têm relação direta com a condição de saúde do indivíduo contaminado. Os sintomas podem ser leves, como em um resfriado ou gripe comum, ou evoluir para pneumonia. A tera- pia de suporte ventilatório como oxigenoterapia e/ou ventilação mecânica se mostra necessária como método de intervenção nos casos mais severos da doença [4]. Indivíduos com doenças respiratórias crônicas e outras comorbidades podem apresentar a forma mais grave da COVID-19 e, por este motivo, cuidados com a prevenção devem ser enfatizados [5].

Embora não exista tratamento antiviral específico recomendado e nenhuma vacina disponível, várias abordagens terapêuticas têm sido propostas, como: lopinavir/ritonavir [6]; cloroquina/hidroxicloroquina [7]; interferon alfa [8]; e o remdesivir, um inibidor da RNA polimerase com atividade in vitro contra vários vírus de RNA, que têm se mostrado eficaz em ensaios pré-clíni- cos na terapia de infecções por coronavírus [9].

Nesse momento de grave crise sanitária mundial, destacamos a possibilidade do uso do gás ozônio ou a ozonioterapia como adjuvante no trata- mento antiviral da COVID-19. O gás ozônio (O3) é uma molécula que consiste em três átomos de oxigênio em uma estrutura dinamicamente instável devido

àpresença de estados mesoméricos. O gás é incolor, com odor amargo e sua função básica é proteger os seres humanos dos efeitos nocivos da radiação ul- travioleta. O ozônio é um composto natural facilmente gerado in situ a partir do oxigênio ou do ar e se decompõe em oxigênio com uma meia-vida de cerca de 20 minutos [10,11].

A ozonioterapia é uma técnica que utiliza uma mistura gasosa oxigênio--ozônio para fins medicinais. Esta técnica parte do princípio de que o Ose dis- socia rapidamente e libera uma forma reativa de oxigênio que pode oxidar as cé- lulas, aumentando a disponibilidade de oxigênio e ATP para a atividade celular [11]. O ozônio aumenta a taxa de glicólise dos glóbulos vermelhos, estimulando o 2,3-difosfoglicerato, promovendo um aumento na quantidade de oxigênio liberado para os tecidos. Além disso, ativa o ciclo de Krebs, aprimorando a carbo- xilação oxidativa do piruvato, estimulando a produção de ATP. Também causa uma redução significativa do NADH e ajuda a oxidar o citocromo C. A produção de prostaciclina, um potente vasodilatador, também é induzida por O[10,12]. O ozônio pode ser considerado um pró-medicamento, uma vez que induz a ativação de uma cascata bioquímica com múltiplas ações antioxidantes

sistêmicas (Figura 1) [10,11]. Oreage com todas as biomoléculas das membra- nas celulares, incluindo lipídeos, proteínas, carboidratos e DNA [13]. O ácido graxo insaturado que é encontrado nos fosfolipídeos da membrana celular, re-

age com Opara gerar peróxido de hidrogênio (H2O2) e o aldeído 4-hidroxino- nenal (4-HNE). O H2Opromove a via do fator de transcrição Nrf2 e a síntese de proteínas, que favorecem a sobrevivência das células. A degradação do 4-HNE envia um sinal de estresse oxidativo transitório, ativando a síntese de várias substâncias de resposta ao estresse oxidativo celular como: y-glutamil trans- peptidase, proteína de choque térmico 70 (HSP-70), hemoglobina oxigenase-1 (HO-1); além de enzimas antioxidantes, tais como superóxido dismutase, glu- tationa peroxidase, catalase e glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PDH). Esse processo representa a base do fenômeno paradoxal, para o qual uma molécula oxidante, como o O3, desencadeia uma potente reação antioxidante [11-13].

A utilização do ozônio tem se mostrado capaz de inativar diferentes mi- cro-organismos, como bactérias, fungos e diferentes linhagens virais, incluindo o coronavírus [14]. O coronavírus é um vírus de RNA envelopado onde glicopro- teínas ricas em cisteína presentes no envelope viral auxiliam no reconhecimen- to por células hospedeiras [3]. A cisteína contém um grupo tiol ou sulfidrila (-SH) reduzido, essencial para fusão e entrada do vírus na célula. Os grupos sul- fidrila são vulneráveis à oxidação e, portanto, suscetíveis ao ozônio, devido ao seu poder oxidante. Os peróxidos criados pela administração do ozônio oxidam as cisteínas e mostram efeitos antivirais que podem servir para reduzir a carga viral [15,16].

A ação imunológica do ozônio está dirigida fundamentalmente sobre os monócitos e linfócitos T, os quais uma vez induzidos, liberam pequenas quan- tidades de citocinas, tais como: interferon-gamma (IFN-y) fator de necrose tu- moral (TNF) e interleucina-2 (IL-2). A atividade moduladora da inflamação e a melhora da oxigenação nos tecidos, em combinação com a indução da ativação de anticorpos e citocinas, ajudam a estruturar a resposta imunológica de com- bate a diversos tipos virais [10,16].

Figura 1. O mecanismo oxidativo de ação do ozônio. Fonte: adaptado de Sciorsci et al. [11]. O- Ozônio; H2O- peróxido de hidrogênio; 4-HNE - 4-hi- droxinonenal; Nrf2 - fator nuclear eritroide 2 relacionado ao fator 2; SOD - superóxido dismuta- se; GSH-Px - glutationa peroxidase; G6PDH - glicose-6-fosfato desidrogenase; HSP-70 - proteína de choque térmico 70; HO-1 -hemoglobina oxigenase 1.

A terapia com ozônio pode ser potencialmente útil para infecção por SARS-CoV-2 em duas categorias terapêuticas: desinfecção de superfícies [14]; ou no uso sistêmico como composto adicional, a fim de melhorar o estado de saúde dos pacientes e reduzir a carga viral [17]. O mecanismo de ação já foi comprovado em outras infecções virais e envolvem: 1) indução da adaptação ao estresse oxidativo, com restauração do equilíbrio do estado redox das células; 2) indução de IFN-ye citocinas pró-inflamatórias; 3) aumento do fluxo sanguíneo e oxigenação dos tecidos dos órgãos vitais; 4) além de poder atuar como uma autovacina quando administrada de forma sistêmica na forma de uma auto-he- moterapia [17].

Este é um momento de vigilância, de bom senso e de investigação cien- tífica [2]. Alguns estudos clínicos utilizando ozonioterapia estão sendo reali- zados na China e Itália para determinar a eficácia desse procedimento como adjuvante no tratamento da COVID-19 [18,19]. Como não existem vacinas ou produtos farmacêuticos específicos para o tratamento dessa doença, a utiliza- ção de práticas integrativas e complementares, após uma avaliação criteriosa de riscos e benefícios, podem auxiliar no desenvolvimento de protocolos que permitam controlar a infecção e os distúrbios causados pelo SARS-CoV-2.

Referências

1.Lai CC, Shih TP, Ko WC, Tang HJ, Hsueh PR. Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) and coronavirus disease-2019 (COVID-19): The epidemic and the challenges. Int J Antimicrob Agents 2020;55(3):1-9. https://doi.org/10.1016/j.ijantimicag.2020.105924

2.Strabelli TMV, Uip DE. COVID-19 e o coração. Arq Bras Cardiol 2020. https://doi.org/10.36660/ abc.20200209.

3.Cascella M, Rajnik M, Cuomo A, Dulebohn SC, Napoli RD. Features, evaluation and treatment coronavirus (COVID-19). 2020 Apr 06. [Actualization 2020 Apr 06; cited 2020 Apr 22]. www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554776/#article-52171.s8.

4.Brasil. Diretrizes para diagnóstico e tratamento da COVID-19. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. [Cited 2020 Abril 22]. https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/13/ Diretrizes-COVID-13-4.pdf.

5.Guan WJ, Liang WH, Zhao Y, Liang HR, Chen ZS, Li YM et al. Comorbidity and its impact on 1590 patients with Covid-19 in China: a nationwide analysis. Eur Respir J 2020. [ahead of print].

6.Liu F, Xu A, Zhang Y, Xuan W, Yan T, Pan K et al. Patients of COVID-19 may benefit from sus- tained lopinavir-combined regimen and the increase of eosinophil may predict the outcome of COVID-19 progression. Int J Infect Dis 2020;95:183-191. https://doi.org/10.1016/j.ijid.2020.03.013

7.Devaux CA, Rolain JM, Colson P, Raoult D. New insights on the antiviral effects of chloro- quine against coronavirus: what to expect for COVID-19? Int J Antimicrob Agents 2020 :105938 https://doi.org/10.1016/j.ijantimicag.2020.105938

8.Kang S, Peng W, Zhu Y, Lu S, Zhou M, Lin W et al. Recent Progress in understanding 2019 novel coronavirus associated with human respiratory disease: detection, mechanism and treat- ment. Int J Antimicrob Agents 2020:105950. https://doi.org/10.1016/j.ijantimicag.2020.105950

9.Gordon CJ, Tchesnokov EP, Feng JY, Porter D.P, Götte M. The antiviral compound remdesivir potently inhibits RNA-dependent RNA polymerase from Middle East respiratory syndrome co- ronavírus. J Biol Chem 2020;295915):4773-9. https://doi.org/10.1074/jbc.ac120.013056

10.Elvis AM, Ekta JS. Ozone therapy: A clinical review. J Nat Sci Biol Med 2011;2(1):66-70. ht- tps://doi.org/10.4103/0976-9668.82319

11.Sciorsci RL, Lillo E, Occhiogrosso L, Rizzo A. Ozone therapy in veterinary medicine: a review. Res Vet Sci 2020;130:240-6. https://doi.org/10.1016/j.rvsc.2020.03.026

12.Viebahn-Hänsler R. The use of ozone in medicine: mechanisms of action. Munich. 2003. [ci- ted 2020 Abril 23]. www.altered-states.net/barry/update247/TheUseofOzoneinMedicine.pdf.

13.Clavo B, Esparragón FR, Abreu DR, Sánchez GM, Llontop P, Bujanda DA et al. Modulation of oxidative stress by ozone therapy in the prevention and treatment of chemotherapy-indu- ced toxicity: review and prospects. Antioxidants 2019;8(12):588. https://doi.org/10.3390/an- tiox8120588

14.Hudson JB, Sharma M, Vimalanathan S. Development of a practical method for using ozone gas as a virus decontaminating agent. Ozone Sci Eng 2009;31(3):216-23. https://doi. org/10.1080/01919510902747969

15.Madu IG, Belouzard S, Whittaker GR. SARS-coronavirus spike S2 domain flanked by cysteine residues C822 and C833 is important for activation of membrane fusion. Virology 2009;393:265-

71.https://doi.org/10.1016/j.virol.2009.07.038

16.Hernández A, Papadakos PJ, Torres A, González DA, Vives M, Ferrando C, et al. Dos tera- pias conocidas podrían ser efectivas como adyuvantes en el paciente crítico infectado por CO- VID-19. Rev Esp Anestesiol Reanim 2020 Apr 14. [ahead of print]. https://doi.org/10.1016/j. redar.2020.03.004

17.ISCO3. Potential use of ozone in SARS-CoV-2/COVID-19. Madri; 2020 March 14. Internatio- nal Scientific Committee of Ozone Therapy ISCO3. [cited 2020 April 5]. Disponível em: www. isco3.org.

18.Guangjian N, Hongzhi Y. Clinical study for ozonated autohemotherapy in the treatment of novel coronavirus pneumonia (COVID-19). Tianjin, 2020 Feb. 24. Tianjin University. [cited 2020 April 6]. www.chictr.org.cn/showproj.aspx?proj=49947.

19.Huiling H, Tong X. A multicenter randomized controlled trial for ozone autohemotherapy in the treatment of novel coronavirus pneumonia (COVID-19). Tianjin, 2020 Feb 23. Tianjin Uni- versity. [Acesso em 2020 April 6]. http://www.chictr.org.cn/showprojen.aspx?proj=49747.